Os turistas e consumidores devem ficar atentos para a variação do dólar ante o real. As oscilações da taxa de cambio devem se intensificar nas próximas semanas com uma possível competição entre o Banco central e o mercado. Ao mesmo tempo em que o BC tenta evitar que o dólar fique abaixo de R$ 1,70, os fundos de investimento estrangeiros estão introduzindo dólar no mercado brasileiro contribuindo com a valorização do real. Nas últimas semanas o BC tem feito vários leilões para compra de dólar.
Com a imprevisibilidade da moeda americana ante o real, o brasileiro não possui muitas formas de se proteger das oscilações diárias que vem ocorrendo há cerca de dois meses. Há possibilidade de adquirir moeda em espécie como também pode aplicar em fundos cambiais. Analistas aconselham a compra de moeda para casos específicos, como por exemplo, para gastos com turismo e estudos. Já os Fundos e minicontratos são mais indicados para quem quer proteger o patrimônio. Já as aplicações em “ações dolarizadas” dependem não apenas do comportamento do dólar, mas também dos negócios das empresas. Isso deixa a proteção mais incerta para o investidor.
Não há perspectivas quanto ao rumo do dólar
Não há consenso, entre analistas e investidores, quanto ao rumo que o dólar deve tomar nos próximos meses. Enquanto alguns acreditam que o BC não vai deixar a moeda americana se desvalorizar mais, outros preveem novo fracasso do BC para conter o real. Segundo Fabio Colombo, administrador de investimentos, o dólar deve oscilar bastante, mas não será como ano passado. Colombo aconselha aos pais que sustentam filho no exterior ou aqueles que querem viajar que adquiram dólares aos poucos neste momento.
Já na perspectiva de André Perfeito, economista da Gradual, o dólar deve continuar desvalorizando no país podendo chegar aos menores números desde o fim da âncora cambial. Em todos os tipos de proteção, o maior risco é perder dinheiro se o dólar desvalorizar mais daqui alguns meses.