Há mais de cinco anos uma advogada do interior de São Paulo sonha em conseguir apagar sua participação em uma edição do Big Brother Brasil. Mas a situação só piorou para a advogada Mirla Prado na última semana, com a estreia da nova temporada do programa Tá no Ar, que realizou uma paródia do reality show, já emendada ao fim do Big Brother Brasil 15. O programa da última quinta feira retratou usando de muita paródia a situação de ex-participantes do programa que seriam aficionados pela fama, vivendo hoje uma situação de quase dependência. Ao final, o programa realizou um ranking de cinco ex-participantes que ninguém se lembraria mais. Entre eles estavam os brothers: Mirla e Ralf (“BBB9”), Analice (“BBB12), Lucival (“BBB11”), e Samantha (“BBB3”).
Mirla não chegou a assistir o programa, mas recebeu várias mensagens sobre o conteúdo da atração e da paródia, especialmente a respeito de sua inesperada aparição. Ela teria conversado com o colega de confinamento Ralf, que também teria desaprovado a brincadeira. Os dois estudam a possibilidade de processar a emissora pelo uso indevido da imagem. Em entrevista a um portal de notícias da internet, Mirla declarou que precisa ainda rever seu contrato com a emissora, mas acredita que somente o programa Big Brother tem o direito do uso da imagem dos participantes, não toda a emissora. Ela afirmou que pretende processar não pelo programa de paródia, mas pelo uso de sua imagem associada ao reality, um passado que ela quer esquecer.
Mirla garante que o diretor do programa, Boninho, teve um problema pessoal com ela no passado e com certeza interferiu no processo de seleção desses nomes para a paródia. Em 2009, Mirla concordou em participar do programa por um amigo que fez sua inscrição, sem conhecer nada a respeito da dinâmica do jogo. Seu objetivo era apenas garantir o prêmio de R$ 1 milhão, sem imaginar que a direção do programa gosta de montar personagens em cima dos participantes. Ela explica que ficou na mesma e não assumiu os papeis que se esperavam dos participantes, como formar casal, chorar para ganhar a simpatia do público ou coisas do tipo.
Ela lembra que ao ser entrevistada pela direção, havia sido escolhida como a vilã da edição, mas entrou no jogo e se deu bem com todo mundo. Ela afirma que se arrepende até hoje de ter participado do programa, que foi algo que estragou sua vida pessoal e profissional, um passado que ela faz questão de esquecer.