A empresa Suzano Papel e Celulose decidiu que irá suspender os projetos Piauí e Suzano Energia Renovável por período indeterminado, conforme foi enviado durante esta terça-feira para a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Esta unidade para a produção de celulose no Piauí teve seu anúncio no dia 3 de setembro de 2010, afirmou a empresa, já o empreendimento para a fabricação de pelotas de madeira que apresentou seu investimento no dia 29 de julho daquele ano.
A retomada destes projetos se atrela com os índices que o grupo tem de endividamento. Conforme aponta a apresentação que a CVM arquivou na teleconferência de resultados durante o quarto trimestre, a alavancagem financeira da empresa Suzano teria que cair para 2,5 vezes.
A relação da dívida líquida com o lucro de juros, de impostos, de depreciação e de amortização (Ebitda, em sigla em inglês) da Suzano, que continua a alavancagem, acabou o mês de dezembro em 5 vezes, depois de terminar 2011 em 4,2 vezes.
Nesta mesma comparação, o endividamento da Suzano aumentou 16,7% e atingiu R$ 6,38 bilhões líquidos. A dívida bruta, aquela que não chega a considerar o caixa da empresa, cresceu 22,6% e chegou a R$ 10,72 bilhões.
Prejuízo
A empresa Suzano teve registros de prejuízos líquidos de R$ 182,1 milhões no ano passado, contra o lucro líquido no valor de R$ 29,9 milhões que foi registrado no ano de 2011.
A receita líquida no ano da empresa que é a segunda grande produtora mundial de celulose branqueada do eucalipto, teve aumento de 7,1% nesta mesma base para comparação, que chegou a R$ 5,19 bilhões.
Este resultado antes de juros, de impostos, de depreciação e de amortização (Ebitda, em sigla em inglês) da Suzano no ano passado chegou a R$ 1,272 bilhão, uma queda que chegou a 2,3% com relação a 2011.