Embora o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) tenha indicado que houve redução de mais de 35% na quantidade de carteira assinada no primeiro semestre se comparado com o mesmo período do ano passado, especialistas dizem que o panorama brasileiro é melhor do que em outros países. Essa é a opinião, por exemplo, de Julio Gomes de Almeida ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda. Atualmente ele é economista do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).
Brasil gerou muitos empregos em 2011, segundo especialista
Almeida disse ontem que o Brasil está em vantagem porque gerou muitos empregos, embora o cenário não seja tão bom como em 2011. O quadro anterior era muito bom e agora não como era, mas pelo menos não há um cenário de desemprego em aumento. Apenas estabilizou-se a quantidade de contratações formais. O especialista compara o cenário brasileiro com a Europa. Segundo ele, no nosso caso estamos melhores e distantes das altas taxas de desemprego que aparecem na Europa.
Dados do Caged indicam 25,9% de queda na criação de empregos com carteira assinada
Os dados divulgados pelo Ministério do Trabalho esta semana mostraram que a queda dos trabalhos formais chega a 25,9%. Esse número equivale a 366 mil vagas a menos no mercado. Os dados indicam que a geração de empregos formais em 2012 não ficou muito acima de 1 milhão. O principal motivo dessa queda, segundo Almeida, é a crise internacional que tem afetado os empresários e estes deixaram de investir. Almeida disse ainda que o empresariado está agindo com mais cautela e isso afetou as contratações, pois eles deixaram de investir da mesma forma que o consumidor está mais contido nas compras.