A empresa alemã Siemens delatou para as autoridades antitruste do Brasil que existe um cartel, a qual diz que fazia parte, que realiza licitações de compra de equipamento ferroviário, fora da construção e da manutenção de linhas de trens e de metrô nas cidades de São Paulo e também no Distrito Federal. A empresa é uma das gigantes de infraestrutura, e já tinha sido condenada em outros países devido a conduta que atuava contra a concorrência de maneira livre.
O esquema que a empresa delatou conta com subsidiárias de outras empresas multinacionais como por exemplo a empresa francesa Alstom e também da canadense Bombardier, além da espanhola CAF e por fim a japonesa Mitsui.
Estas são as maiores candidatas para a disputa do megaprojeto do trem-bala que pretende ligar a cidade do Rio de Janeiro com São Paulo. Este leilão deverá acontecer durante o mês de Agosto.
Combinações de maneira ilícita entre estas empresas podem dar um resultado nas contratações que tenha valores de 10% até 20% maiores, conforme estimativas do que elas praticariam em uma concorrência comum.
No começo deste mês, a Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) fez uma busca e apreendeu documentos nas sedes das empresas. A Operação chamada de Linha Cruzada fez a execução de mandados judiciais na cidade de São Paulo, além de Diadema, Hortolândia e também da capital Brasília.
Conforme apontam as denúncias, este cartel esteve atuando em pelo menos seis licitações no País. Porém não se sabe qual o tamanho real, o alcance, e o período que atuaram nem qual foi o prejuízo que isto causou.
A Siemens entregou o sistema e fez a assinatura de um acordo de leniência, que poderá garantir que a empresa e executivos fiquem isentos se um cartel for confirmado.