Na quarta-feira (8), os condôminos do prédio que desabou em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, fizeram fila para retirar seus pertences dos escritórios que não ruíram. O acidente aconteceu na segunda-feira (6), por volta das 19h40. O desabamento de 13 lajes matou uma criança e uma enfermeira, além de deixar seis pessoas feridas.
A fonoaudióloga Rejane Augusta Silva Ribeiro não sabia o que iria encontrar em seu consultório, mas afirmou que a prioridade era encontrar os documentos e fichas dos seus, aproximadamente, 400 pacientes, que frequentavam o local toda a semana. A fonoaudióloga disse que já está procurando por outro imóvel para suas consultas no centro da cidade.
A profissional contou que estava em seu consultório no momento em que o prédio começou a desabar. Rejane disse que ouviu muito barulho e sentiu a estrutura tremer. Para a fonoaudióloga, ainda não é fácil voltar ao prédio, pois o susto foi grande.
A advogada Luciana Pereira de Andrade também foi ao prédio em busca de seus documentos. Ela possui duas salas e foi encontrar os processos de seus clientes. A advogada disse que seus clientes a procuram para saber dos processos, pois veem os estragos do acidente apenas pela televisão. Luciana afirmou que ela e o pai, também advogado, estão trabalhando provisoriamente em casa até encontrarem um novo local, pois há 10 anos eles tinham os escritórios no prédio.
A partir das 9h de ontem, os bombeiros liberaram a entrada dos condôminos no edifício em grupos, e todos estavam acompanhados dos oficiais.