A maior cheia já registrada no Rio Madeira, em Rondônia, ainda não cessou, e o rio segue subindo. Por conta disso, 200 metros da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM), em Porto Velho, serão interditados o final desta semana. Barracões e peças tombadas como patrimônio histórico e cultural serão isolados por tapumes.
Entre as principais preocupações das autoridades estão os riscos de afogamento e de disseminação de doenças tropicais. Nesta terça-feira (18), o último registro oficial dá conta de um nível de pelo menos 19,19 metros, segundo informações da Agência Nacional de Águas (ANA). O volume subiu 5 centímetros em 24 horas.
A polícia fará rondas na região da linha férrea, para alertar sobre os riscos de contaminação e à segurança das pessoas. Segundo o Corpo de Bombeiros, o local não deve mais ser considerado um ponto turístico, até que a situação melhore. Além disso, não será possível se aproximar menos de 30 metros na margem do rio para registrar a cheia.
Intervenções externas
De acordo com informações da Defesa Civil de Porto Velho, o tráfego de navegações no porto será controlado pela Marinha do Brasil, que já foi acionada. Embarcações sem as autorizações exigidas serão autuadas.
Outro fator que deixa as autoridades em alerta é o fato de parte da rede elétrica ainda estar ativa. A Eletrobrás Distribuição Rondônia informou, por meio de nota oficial, que foi informada pela Defesa Civil sobre os riscos na região, e que todas as providências necessárias serão tomadas.
A poluição ocasionada pela alta do Rio Madeira, segundo as autoridades, é tão intensa que ameaça os humanos e já é suficiente para matar várias espécies de peixes. Há recomendações para que nenhuma pessoa pesque na região ou consuma peixe capturado no rio cheio.