O Regime Geral de Previdência Social encerrou o primeiro bimestre deste ano com déficit de aproximadamente R$ 7,2 bilhões. A informação é do Ministério da Previdência Social (MPS), que considerou positivo o resultado do bimestre, superando meta programada. No mesmo período do ano passado, o déficit do Regime Geral era de R$ 9,6 bilhões. A projeção do governo para queda na necessidade de financiamentos era de 19,6%, mas o resultado foi 25,5%, acima do esperado.
Com isso, o panorama da diferença entre a arrecadação (R$ 49,848 bilhões) e as despesas (R$ 57,023 bilhões), deixa a necessidade de financiamento na faixa de R$ 7,175 bilhões. No primeiro bimestre do ano passado, a arrecadação foi de R$ 43,326 bilhões, e os gastos ficaram na faixa dos R$ 52,963 bilhões. O resultado da diferença foi um rombo de R$ 9,636 bilhões. Todos os valores citados não incluem a variação da inflação.
Influências positivas e avanço da arrecadação
Para o Ministério da Previdência, o crescimento da massa salarial influiu positivamente no resultado do Regime Geral de Previdência Social neste início de ano. O avanço do mercado formal de trabalho também influenciou, graças à criação de mais de 260 mil novos postos formais de trabalho no mês passado.
Não houve a divulgação dos dados separados de janeiro e fevereiro, porém o anúncio do MPS dá conta de um resultado positivo no primeiro mês do ano em relação ao mesmo período do ano passado. O déficit de janeiro de 2014 foi de R$ 4,6 bilhões, contra R$ 6,2 bilhões em 2013, uma queda relativa de 25,6% em valores nominais. Já em valores reais, a queda foi de 29,3%. O avanço da arrecadação superou em 9 pontos percentuais o das despesas, ficando em 14,6% contra 5,6%, respectivamente.