A Organização das Nações Unidas (ONU) declarou nessa quarta-feira (20) que duas regiões da Somália estão oficialmente enfrentando situação crônica de fome. De acordo com a instituição, as regiões em questão estão localizadas ao Sul do país, mas, a não ser que doadores em potencial tomem providências, a crise social vai se espalhar para o restante da região.
Apesar de a condição atual ter sido oficialmente anunciada apenas nessa quarta-feira (20), a realidade da falta de alimentos faz parte do cotidiano da população de tais regiões desde o mês de maio. Naquele momento, a previsão era que nove mil pessoas seriam vítimas de condições precárias advindas da seca que assolaria o país e que, por sua vez, levaria à população a fome que hoje pode ser vista claramente. Quando esse levantamento foi feito, a ONU avisou as autoridades que, caso a situação não fosse revertida, as consequências atingiriam a população.
Durante o mês de junho, as regiões da Somália e do Quênia passaram pela estação de chuva, mas esta teve incidência inferior à qual estavam acostumados a receberem para o cultivo da agricultura. Ao final do mês, a comunidade internacional se mobilizou com maior agilidade para garantir assistência às comunidades afetadas pela baixa produção de alimentos que atendesse a toda a população.
Ainda nesse mês, a Inglaterra prometeu enviar ajuda no valor de 60 milhões, que seriam repassados como alimentos para a região da Etiópia. Ainda assim, a ONU defende que essa é a pior crise de fome pela qual a região já passou nos últimos 20 anos.