Dezembro registrou queda no Indicador de Atividade Econômica (PIB Mensal) em relação a novembro, fazendo a expansão acumulada de 2013 fechar em 2,3%. Os dados foram divulgados pela Serasa Experian na última quarta-feira (19). O Produto Interno Bruto (PIB) de 2013 será divulgado no dia 27. Em 2012, o crescimento foi de 1% segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2013, o destaque na oferta agregada ficou por conta do setor agropecuário, que avançou 7,3% após uma safra recorde de 187 milhões de toneladas de grãos. O avanço da indústria, por sua vez, não empolgou, com avanço de 1,3%, abaixo dos serviços, que cresceram 2,1%. Na demanda agregada, os investimentos foram destaque, com alta de 6,3%, o consumo das famílias cresceu 2,3% e o do governo, 1,8%.
A economia brasileira também sofreu um baque pelo avanço das importações muito acima do crescimento das exportações, com 8,7% e 2%, respectivamente. Já no exterior, o fim da recessão na zona do euro foi um dos fatores que ajudou 2013 a ser marcado como um ano de recuperação da economia.
Desaceleração da renda já ameaça PIB deste ano
A renda média do brasileiro apresenta sinais de enfraquecimento em relação à alta que vinha tendo. Isso pode afetar o crescimento econômico do país no ano, já que ele vinha sendo sustentado pelo consumo nos últimos anos.
Em 2013, o aumento da renda demonstrou desaceleração quando o rendimento médio mensal registrado foi de R$ 1929. O aumento foi inferior a 2% em relação ao ano anterior, o que não acontecia desde 2005, segundo o IBGE.
A ocupação no mercado de trabalho também não apresentou grande avanço, apenas 0,7% em dezembro de 2013. Com isso, o poder de barganha dos trabalhadores para negociar melhores reajustes fica comprometido, o que também interfere diretamente no consumo e, consequentemente, no resultado final do PIB.
Para este ano o cenário tende a ser semelhante ao de 2013. A inflação quase não dá sinais de recuo, a moeda segue perdendo poder de compra e a média de avanço da renda, da ocupação e das importações em relação às exportações devem seguir os padrões do ano passado.