Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) descobriram uma espécie nova do inseto barbeiro, que transmite a doença de chagas, no estado de Rondônia. Esta pesquisa confirma que, fora os barbeiros já conhecidos na sociedade científica, existe uma espécie em Monte Negro, que fica a aproximadamente 200 quilômetros da cidade de Porto Velho.
O pesquisador Dionatas Meneguetti diz que existem estudos na região da capital Porto Velho, de Monte Negro, Guajará-Mirim e Vilhena, e estão sendo expandidos pelo estado.
O estudo teve inicio no ano de 2005, com coordenação do médico Luis Marcelo Aranha Camargo, da USP e no estado de Rondônia, fora os tipos que já eram conhecidos, foi descoberto pelos cientistas uma espécie bastante rara, que não fora catalogada.
Menguetti diz que o animal foi chamado como montinegrensis, pois foi encontrado em Monte Negro, porém ele diz acreditar que exista uma área de distribuição em diversos locais do estado. O professor diz que o inseto já foi encontrado nos municípios de Ariquemes, Buritise e Ouro Preto. Ele afirma que os animais podem ir facilmente de residências apenas atraídos pela luz.
O lugar que os barbeiros usam para se multiplicar são palmeiras, que podem ser encontradas facilmente em vários locais da cidade de Ariquemes. Conforme aponta o Instituto Evandro Chagas, entre 2007 e 2012 hove mais de 500 pessoas que tiveram contaminação pela doença de chagas em toda a Amazônia.
Não existe cura para a doença e não há nenhuma campanha para educação e de controle para o transmissor. O diagnóstico, conforme aponta Leandro José Ramos, mestre em agentes de infecções e parasitas, pode ser feito através de exames sanguíneos, e os sintomas são febre, sinais vermelhos pela pele parecidos com alergia, aumento do tamanho de fígado e baço. Conforme aponta o Ministério da Saúde e a Secretaria Estadual de Saúde de Rondônia a única coisa que existe é um um trabalho para vigilância do mal de Chagas.