O dólar a última sexta-feira (28) com alta de 0,88%, mas fevereiro terminou com queda de 2,79%. Especialistas afirmam que as constantes quedas da moeda americana por conta das perspectivas nacionais podem ter sido precipitadas e exageradas, e podem gerar altas consideráveis em breve.
Segundo a BM&F, o giro financeiro ficou na casa de 1,6 bilhão de dólares. Os dados reduziram um pouco do otimismo sobre as perspectivas domésticas, mas podem não ser um fator determinante, por enquanto, uma vez que o governo ainda tem prazo suficiente para cumprir a meta fiscal do ano.
Dados divulgados pelo governo central, composto por governo federal, Banco Central e Previdência, apontam para um superávit primário mais de 50% inferior ao do mesmo período do ano passado. O índice de 2014 ficou pouco abaixo dos R$ 13 bilhões, contra mais de R$ 26 bilhões em 2013. A meta firmada pelo governo era de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, equivalente a R$ 99 bilhões.
Rendimentos regionais ajudam, mas não compensam fraco resultado
Já o superávit primário do setor público consolidado, que inclui municípios Estados e estatais, ficou pouco inferior às expectativas, sendo muito ajudado pelo saldo recorde dos governos regionais. Como esse resultado é tido em relação aos repasses federais, que são atípicos e devem ser gastos, o número não foi suficiente para gerar alívio duradouro no câmbio.
O saldo dos governos regionais foi de R$ 7,241 bilhões, recorde histórico da série, iniciada em 2001. Porém, o período foi marcado pelos repasses federais referentes ao Refis (programa de refinanciamento de tributos). O próprio Banco Central alertou que esse resultado não deve ser tido como uma tendência. Segundo o Tesouro Nacional, o resultado de janeiro foi considerado ruim, e decepcionou os agentes econômicos.