O papa Bento XVI encontrou com 300 dignitários religiosos do mundo inteiro na última quinta-feira (27) na cidade de Assis, na Itália. Durante seu discurso no evento, o Bento XVI reconheceu a “crueldade implacável” do terrorismo religioso. O papa também falou que reconhece “com grande vergonha” os atos de violência que foram praticados em nome da fé. Com relação a isso, Bento XVI afirmou que esse tipo de atitude não deve mais ter lugar nos dias de hoje.
“Sabemos que às vezes o terrorismo tem motivação religiosa e precisamente o caráter religioso dos ataques serve de justificativa para a crueldade implacável, que acredita poder relegar as regras do direito a favor do bem buscado,” declarou Bento XVI. Ainda, ele acrescentou que nesses casos “a religião não está a serviço da paz, mas sim da justificativa da violência”. O papa falou da Basílica Santa Maria de los Angeles.
A violência à qual Bento XVI se referiu é a praticada por cristãos, muçulmanos, judeus, hindus fundamentalistas que rejeitam a construção de lugares de culto religioso de outras religiões que não sejam a sua. Estes também são conhecidos por condenarem quem expressa publicamente a preferência por outra religião.
O primeiro encontro igual a este foi realizado em 1986 por João Paulo II. Relembrando a herança do antigo papa, Bento XVI destacou que “esperavam dizer e nós repetimos com força e rigor: não é a verdadeira natureza da religião”. O papa repetiu diversas vezes que a violência não é a verdadeira natureza da fé cristã.