A hidrelétrica de Itaipu, localizada no estado do Paraná, que abastece 23 milhões de casas brasileiras, tem que ser desligada parcialmente quando ocorrem temporais em 3 trechos de transmissão entre os 900 quilômetros que ligam Foz do Iguaçu (PR) a Mogi das Cruzes em São Paulo.
Esta medida foi adotada pela primeira vez durante o “apagão” de 2009, quando mais de 18 Estados ficaram sem luz. Esta ação ainda é feita atualmente, mesmo que Furnas tenha afirmado ter feito investimentos para a proteção contra raios e que esta linha poderá ter operações sem que as restrições climáticas atrapalhem o processo.
Com esta queda de produção de Itaipu, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) determina que seja gerada energia em termelétricas de outras regiões brasileiras. O ONS já mostrou em um relatório, que essa alteração custa R$ 12 milhões ao dia nas contas de luz.
Técnicos se dividem quando vão classificar esta decisão do ONS, alguns falam em precaução pois a transmissão não teve projeto feito para algumas das condições climáticas e outros que tem receio nesta linha de transmissão e em tem total falta de confiança no sistema elétrico nacional.
Há ainda quem cite que existe falta investimento das empresas no pessoal terceirizado, que tem perdido qualidade em serviços da manutenção e isso poderá ser pior ainda com a medida provisória que renovará as concessões.
Segundo o relatório do Conselho Regional de Engenharia de São Paulo (Crea-SP), que fez anállises sobre o apagão no ano de 2009, há a constatação de que caso o sistema não tenha confiabilidade de operar em condições adversas, a solução pode ser construir uma quarta linha. O que Furnas diz não ter projeto para ser feita.