Uma pesquisa alemã realizada pelo Institute of Training Science and Sports Informatics afirma que, ao contrário do pregado mundialmente por muitos especialistas, a musculação pode fazer bem a crianças entre 12 a 18 anos, se for bem orientada e tiver acompanhamento constante de profissionais qualificados.
Segundo o experimento, jovens nesta faixa etária que realizaram treinos de resistência física ao menos duas vezes na semana, durante um mês ou mais, tiveram ganho de força superior aos que realizavam as atividades apenas uma vez por semana, ou com maior frequência de dias, mas em períodos mais curtos.
No Brasil, a prática tem se tornado comum, com diversas academias e clubes esportivos inserindo os jovens nas atividades físicas um pouco mais cedo, e sob uma supervisão mais constante de profissionais de Educação Física. Essa prática, segundo a Associação Nacional de Força e Condicionamento dos Estados Unidos (NSCA, em inglês), gera diversos benefícios como a melhora no desenvolvimento corporal, do equilíbrio e da concentração, reduzir o risco de lesões e ajuda a controlar o peso de crianças com tendência à obesidade.
Além disso, acredita-se que tal prática auxilie na prevenção da hipertensão, de problemas cardio-respiratórios, auxilia na evolução da sociabilidade e da autoestima, além de estimular o aumento da estrutura óssea, tanto no tamanho longitudinal quanto na espessura, além de deixá-la mais forte.
Cada coisa a seu tempo
Entretanto, é preciso se atentar e não colocar as crianças antes dessa faixa etária para realizar tais treinos. Não há uma idade certa para o início das atividades por não existirem trabalhos e pesquisas com crianças com menos de 12 anos. Porém, o desenvolvimento das crianças não é padronizado, e algumas têm maior amadurecimento biológico, enquanto outras demoram mais para se desenvolverem.
Além disso, crianças dos 6 aos 12 anos estão em uma fase onde há outras características que podem se desenvolver com maior facilidade e que são muito importantes para despertar a motivação para a atividade física. Recomenda-se, nesses casos, matricular os pequenos em escolinhas de esportes coletivos, natação, judô e ginástica artística, por exemplo.