A Escola de Samba, Mocidade Alegre, vence o carnaval de São Paulo como tricampeã do Grupo Especial, o título foi entregue na tarde de terça-feira (4), é o segundo tricampeonato da escola, o outro aconteceu entre 1971 e 1973, agora somando dez títulos do carnaval paulistano. A disputa entre as escolas foi acirrada, de décimo a décimo até se chegar ao quesito ‘evolução’, a avaliação dos juízes para este foi rigorosa, mas para a sorte da escola, a Mocidade não perdeu nenhum ponto, assim subindo e deixando os concorrentes para trás. Depois do penúltimo quesito, as outras duas últimas só confirmaram o tricampeonato, saiu o resultado e finalmente a Mocidade Alegre pode comemorar. Em segundo lugar como nos últimos dois anos, ficou a Rosas de Ouro. A escola tradicional da Zona Norte, foi a terceira e última a desfilar, entrou logo após a Gaviões da Fiel, que mesmo dominando a arquibancada, não conseguiu deixar de causar impacto com seu samba enredo, cujo tema era sobre fé: Andar com fé eu vou, que a fé não costuma falhar. O desfile que foi produzido e teve a assinatura dos carnavalescos Sidnei França e Márcio Gonçalves, abordou o tema com diversidade, como várias formas de vivenciar a fé, e isso encantou o público.
Diversas religiões e costumes
A escola tratou de religiões existentes em várias partes do mundo, as alas levaram nas roupas elementos de religiões como o espiritismo, judaísmo, candomblé, islamismo, crenças indígenas – no qual ganhou um dos versos do enredo que diz: “Oh pai, conduz teus fiéis a buscar na eternidade encontrar a salvação”. A superstição também foi tema, levando a avenida componentes como numerologia, gato preto e horóscopo. Outra parte do enredo condiz com o esta parte do tema, dizendo: “Arruda para benzer/ervas para curar/tem reza forte da Maria benzedeira.”