O Ministério da Saúde, por meio do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, anunciou nesta quarta-feira (13) diversas mudanças que devem aumentar o acesso ao tratamento da Hepatite tipo C pelo SUS (Sistema Único de Saúde). As medidas passam a valer a partir do dia 18 de julho.
O Ministério informou que deve haver a ampliação do uso do medicamento chamado interferon peguilado e a biópsia prévia para o tratamento não será mais necessária em alguns casos. Desde 2007, o uso do interferon estava condicionado a uma aprovação do Comitê Estadual de Hepatites Virais. Agora, o médico que faz o acompanhamento do paciente pode prescrever a continuidade do tratamento, a partir dos novos critérios estabelecidos pelo documento.
No país, segundo o Ministério da Saúde, existem 11.882 pessoas em tratamento. A ampliação do uso do medicamento para outros tipos de genótipos do vírus irá beneficiar pelo menos mais 500 pacientes ainda este ano.
As estimativas do Departamento indicam que a mudança deve ter o impacto de cerca de 3,5% sobre os gastos anuais, que hoje são estimados em torno de R$ 17,1 milhões para o insumo que é produzido em dois laboratórios aprovados. O tratamento com o interferon peguilado com duração de 48 semanas chega a custar R$ 23 mil ao SUS. Para a hepatite C, o tratamento pode durar até 72 semanas.