As embalagens dos remédios distribuídos pelo Ministério da Saúde vão passar por mudanças. Tratam-se, principalmente, de antirretrovirais e medicamentos para tratamento de hanseníase, hepatite, tuberculose e outros usados em hospitais. O objetivo da mudança é facilitar o cotidiano do paciente que não terá mais dúvidas sobre qual remédio precisa tomar. Esse novo modelo deve passar a vigorar daqui a seis meses.
Essa mudança é resultado de um estudo que detectou problemas e reclamações dos pacientes. Foram feitos, durante os últimos quatro anos, estudos que indicaram várias reclamações de pacientes que disseram que confundiam os remédios gratuitos em função das cores e do tamanho muito reduzido das palavras. De acordo com o diretor-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Dirceu Barbano, as alterações foram feitas para que o paciente possa identificar com maior facilidade um medicamento e outro.
Cores e tamanho das letras serão diferentes nas novas embalagens
Para facilitar a leitura, também haverá mudanças no tipo de letras. Elas serão escritas na cor branca, mas com fundo verde. Isso vale para frascos, caixas, ampolas e cartelas. A cor branca e azul estava sendo usada desde 2002. O tamanho da letra usada para escrever o princípio ativo do medicamento será duas vezes maior, sendo inclusive maior do que o nome comercial. Na atual embalagem, o destaque maior é para os dados comerciais e menor para o principio ativo.
No entanto, na rede pública, diferente da rede privada, o médico precisa prescrever um medicamento usando o nome do princípio ativo e não o comercial, para evitar o favorecimento de uma determinada empresa fabricante. Também terá mais destaque a logomarca do SUS (Sistema Único de Saúde). O objetivo é ressaltar que se trata de um remédio gratuito e que não deve ser vendido em nenhum tipo de estabelecimento. Embora não haja levantamento sobre vendas ilegais, Barbano disse que já há registros de fraudes. Também haverá algumas mudanças na Farmácia Popular.