Duas grandes mudanças estão previstas para acontecer ainda neste ano em relação ao Programa Universidade Para Todos, o Prouni, que desde o ano de 2005 já custeou bolsas de estudo para mais de 1 milhão de estudantes de baixa renda de todo o país.
A primeira mudança que o Ministério da Educação quer implantar é a elevação da renda das pessoas que podem participar do programa. Assim, mais estudantes poderiam ser incluídos no ensino superior. A outra mudança planejada é a criação de mecanismos para que o número de bolsas em cursos estratégicos para o desenvolvimento do país seja aumentado e que seja diminuída a concentração em programas voltados para a área de humanas.
Isso porque o número de estudantes que fazem cursos na área de humanas corresponde a 65% das bolsas que são oferecidas pelo Prouni. Já cursos de tecnologia e exatas, como as engenharias, por exemplo, somam somente 18% das bolsas do programa. Enquanto isso, os cursos voltados para as áreas da saúde têm apenas 17% das bolsas do Prouni.
Atualmente, as bolsas de estudo integrais ofertadas pelo programa podem se concorridas por brasileiros que tenham uma renda familiar mensal per capita de um salário mínimo e meio por pessoa. No próximo mês, o Ministério da Educação irá apresentar ao Ministério da Fazenda e à Casa Civil uma proposta de que esse teto seja maior. Assim, o programa também beneficiária famílias com renda per capita um pouco maior, de até três salários mínimos por pessoa.
De acordo com o secretário de regulação do ensino superior do MEC, Jorge Messias, esse aumento na renda seria apenas uma necessidade de reajuste, já que a legislação que define o valor da renda para participação no programa é de 2005.