Os médicos da cidade de São Paulo vão suspender o atendimento a paciente de planos de saúde a partir do dia 1º de setembro. A nova medida deve obedecer um rodízio seqüencial, como foi informado nesta sexta-feira (15). Segundo a Associação Paulista de Medicina (APM), as primeiras especialidades média que devem interromper o atendimento são ginecologia e obstetrícia, seguida de otorrinolaringologia, pediatria, pneumologia, cirurgia plástica a anestesiologia.
A suspensão é um meio de protestar contra os baixos honorários e as interferências abusivas que não permitem a assistência adequada aos cidadão, segundo os médios. A medida deve prosseguir por tempo indeterminado até que as reivindicações dos profissionais sejam atendidas. Os médicos se comprometem a realizar os atendimentos de emergência e urgência.
Os médios do estado definiram como pauta do movimento estadual a recomposição do valor das consultas para R$ 80,00. Os procedimentos também devem ser atualizados proporcionalmente de acordo com o sistema de hierarquia da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM).
Também é cobrada pela categoria a regularização dos contratos entre operadoras e os médicos, com a inserção de uma cláusula de reajuste anual baseada no índice autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os planos individuais. Outro pedido é pelo fim das pressões realizadas pelas empresas para que sejam reduzidas as solicitações de exames, internações e outros procedimentos. Os médicos alegam que essas interferências são inaceitáveis e colocam em risco a saúde dos pacientes.