Ainda uma semana antes de ser liberado o documentário ‘Anderson Silva: como água’, em cerca de 150 salas de cinema pelo Brasil, o lutador já sonha em participar de uma sequencia, com o mesmo antagonista da versão inicial: Chael Sonnen.
Numa entrevista coletiva concedida na segunda feira (5), em São Paulo, o campeão dos pesos médios do Ultimate Fighting Championship (UFC), brincou sobre uma possível nova participação nos cinemas, numa história que contaria com ação e resgate, trama clássica nos filme oriundos da indústria hollywoodiana.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de participar de um novo documentário, o lutador não descartou. “É possível, tudo vai depender se ajudarem a gente; se não, não terá. Ah, de repente faremos outro filme, comigo tendo que resgatar o Chael Sonnen em algum lugar do Brasil…”, respondeu descontraído Anderson Silva. O lutador deverá enfrentar novamente o americano pela disputa do título no mês de junho, provavelmente em São Paulo.
O lutador de Oregon (EUA) é visto como principal adversário da carreira vitoriosa do brasileiro Anderson Silva dentro do UFC. Na última vez em que se encontraram no octógono, Sonnen conseguiu dominar completamente o combate em quatro rounds e meio. Quando parecia que a vitória americana era certa, o brasileiro aplicou um triângulo, conseguindo uma vitória bastante improvável.
Intrigas e provocações
Além do prejuízo sofrido em mais de 20 minutos de luta, Anderson Silva nunca foi tão provocado por outro rival como aconteceu antes do início do duelo com Chael Sonnen. Aproximadamente três meses antes da disputa, realizada no Brasil, o desafiante americano iniciou um trabalho de marketing, divulgando provações contra Anderson. A situação foi encarada com naturalidade pelo campeão.
“Não há pressão psicológica. Nós passamos por diversas situações de superação. Mas, claro, tudo tem que ser no limite das provocações, até onde pode se promover uma luta. Na outra vez ele foi infeliz da forma pela qual ele falou do nosso País. Não sou eu que tenho que falar com ele, responder. Ele que tem que saber o que faz de errado”, declarou o dono do cinturão.
Anderson Silva e seu empresário, Ed Soares, discordaram sobre a gravidade a ser dada ao discurso adotado por Sonnen. O lutador ainda afirmou que as declarações do empresário que estão inclusas no documentário foi um ponto de discordância entre os dois. “Infelizmente meu empresário é americano, e eles não têm essa cultura, não entendem a filosofia da arte marcial. Ele foi infeliz e já conversamos”, afirmou.
A filosofia a que Anderson se refere se encontra propriamente no documentário, que conta detalhes sobre a preparação do lutador. O campeão dos médios costuma, por exemplo, a se apegar em um modelo histórico dos cinemas para ressaltar a importância dessa questão para um atleta das artes marciais.
“Sou fã do Bruce Lee. Como treino há tempos, a filosofia dele passou e é uma coisa que tento trazer para mim, vivo bem com isso. Consigo viver melhor, lutar melhor com isso. Acho que sou a reencarnação dele”, afirmou o lutador, arrancando risos da plateia. O filme tem data de estreia marcada para 16 de março.