Agosto registrou um aceleramento da prévia da inflação oficial por causa da alta dos preços dos alimentos e também por conta do fim da redução do imposto sobre os preços dos carros, o IPI. As informações foram divulgadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira, 22 de agosto.
O Índice Nacional de Preços Ao Consumidor Amplo-15, que também é conhecido pela sigla IPCA-15 e que é uma prévia da inflação oficial do país, teve um aumento de 0,39% em agosto. Em junho, a alta registrada tinha sido de 0,33%.
Dessa forma, a inflação acumulada nos últimos doze meses está em 5,37%. No acumulado do ano, o crescimento da IPCA-15 é de 3,32%.
O tomate continua sendo o responsável pelo aumento da inflação no país, já que seu preço teve uma alta de 36,65% no mês de agosto. Outros alimentos também ficaram mais caros neste mês como a cenoura, que teve uma alta de 19,37%, o refrigerante, com alta de 1,84%, a cerveja, com alta de 1,76% e o pão francês, que teve aumento de 0,86%.
De uma forma geral, os preços dos alimentos estão ficando mais caros por conta da seca que tem atingido os Estados Unidos nos últimos meses. Isso está contribuindo parcialmente para que a inflação cresça no Brasil. Outro fatos que está influenciando o preço dos alimentos perecíveis é o tempo ruim que está sendo registrado nas regiões que produzem esses itens.
Enquanto isso, a redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) dos automóveis já teve impacto sobre a inflação. O setor automotivo foi o que mais fez com que o IPCA-15 em agosto tivesse uma aceleração. Isso porque depois de ter uma queda em julho, os preços dos automóveis voltou a ficar estável neste mês.