Um levantamento que foi realizado com os pacientes que são atendidos no Centro de Referência da Saúde do Homem, órgão mantido pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e que fica localizado na zona sul da capital paulista, mostrou que o preconceito e a vergonha ainda são os principais motivos que fazem com que os homens não frequentem os consultórios médicos.
De acordo com o estudo, a cada mês pelo menos 1,5 mil homens, o que representa 60% do total dos pacientes, chegam para o atendimento com doenças com quadros considerados bastante avançados e que por conta disso precisam passar por um procedimento cirúrgico na tentativa de deter o problema, o que certamente não seria necessário caso a doença tivesse sido diagnosticada no início.
Boa parte dessas pessoas não sabia quais eram as suas reais condições de saúde e não deram atenção os primeiros sintomas que apontavam a presença da doença, o que fez com que a procura por atendimento especializado acontecesse tardiamente. Esse tipo de situação faz com que doenças comuns e que poderiam ser tratadas de forma rápida e fácil evoluam para um problema mais sério, fazendo com que o paciente corra riscos caso não passe por uma intervenção cirúrgica, em muitos casos.
Já o diagnóstico feito no início da doença, que pode ser feito através de consultas e exames regulares, faz com que os tratamentos tenham maiores chances de cura e sejam feitos de maneira mais simples e com uma recuperação rápida. Além disso, os gastos com a saúde nesses casos são bem menores do que quando a doença já está em um estágio avançado.
Por mais que tenha crescido o número de homens que procuram por exames e consultas de rotinas, há ainda uma parcela grande da população masculina que, por questões culturais, só procura ajuda médica quando estão com fortes dores e outros sintomas mais graves.