Em função da chegada do inverno e do aumento de casos de gripe nos estados do Sul do país, a rede privada de saúde já não tem mais doses de vacinas contra a influenza A (H1N1) – gripe suína. Esse problema apareceu já na semana passada em algumas localidades. Essa procura aumentou no mês de junho e os estoques já acabaram em alguns lugares. De acordo com o diretor do laboratório Frischmann Aisengart, Milton Zymberg, não há mais estoque no mercado no país. Segundo ele, mesmo que haja em alguns estados, esse estoque é menor do que a demanda que o mercado precisa atender neste mês em que a vacina ainda é muito procurada. Em Curitiba, onde o laboratório possui duas unidades de atendimento não há mais vacinas e as novas só devem chegar em 2013. O laboratório vendia 50 doses por dia na cidade, mas somente em junho, houve dias em que foram mais 1,3 mil. Enquanto em 2012 foram vendidas 12,5 mil doses, neste primeiro semestre já foram 23,4 mil. Segundo o diretor do laboratório o aumento nas vendas ocorreu basicamente em junho em função das notícias anunciadas pela imprensa sobre a gripe.
Prazo para fabricação é demorado e explica a falta de vacinas
Curitiba é uma das cidades com alguns casos da doença e também onde houve uma quantidade grande de vacinas utilizadas em junho. Ontem o Hospital Pequeno Príncipe, localizado no centro da cidade, informou que deve receber um lote na próxima semana, mas não especificou a quantidade. A nota da assessoria de imprensa dizia, ainda, que essa falta de vacinas ocorreu em função da demora para a fabricação de cada um dos lotes, que pode levar até quatro meses. A falta de vacinas também se deu pelo fato de o mercado ter se programado para seguir os números de 2011, no entanto em 2012, com a quantidade maior de casos, também aumentou a procura da vacina contra a doença.