Até o dia 20 deste mês, sexta feira, os professores das universidades federais irão se reunir em assembleias espalhadas por todo o Brasil para analisar a proposta do novo plano de carreira do governo federal. O comando da greve, entretanto, já avaliou que a proposta não atende as solicitações da categoria, afirmando ainda que a orientação é pela manutenção da paralisação.
Para a Andes, a Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior, o que foi apresentado, ao invés de reestruturar e melhorar o plano de carreira, acabou piorando a situação. Para Luiz Henrique Schuch, vice-presidente do sindicato, a entidade realizou cálculos indicando que no caso de algumas classes do ensino federal o reajuste proposto não iria representar nenhum ganho real no salário.
Ainda de acordo com ele, o governo apenas comparou números e valores normais considerando um intervalo de cinco anos. Ele ainda usou como exemplo um salário de junho deste ano, que teve o aumento projetado pelo governo para o ano de 2015, sem considerar correção inflacionária.
Além dos professores das universidades federais, a categoria que atua nos institutos federais de educação profissional também está paralisada. O Sinasefe, Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica, , declarou em nota que, depois de avaliada a proposta, considerou-a uma farsa, criticando ainda a proposta de reajuste.
Ações futuras
De acordo com o Andes, o movimento para negociação foi recém iniciado, e a paralisação deverá continuar. O comando de greve o governo devem se reunir agora somente no dia 23 de julho, onde o Ministério do Planejamento saberá o resultado das assembléias.
A integrante da Andes, Neli Edith dos Santos, afirmou que a orientação é para que os comandos locais discutam o que foi proposto e enviam ao comando nacional os resultados. A posição da base nacional, que será apresentada no encontro do dia 23, depende dos resultados das assembléias locais.
Além da organização das assembléias, a categoria de docentes universitários estaria ainda se mobilizando para realizar um ato em Brasília. Para Gabriela Garcia, integrante do movimento grevista, a tendência da categoria é pelo repúdio à proposta. Ela ainda declarou que a luta da categoria não é apenas pela questão salarial, e sim por uma plano consolidado de carreira.