O papel do professor tem mudado muito nos últimos anos. Este o foi assunto discutido no painel sobre educação da 25 ª edição do Fórum da Liberdade, em Porto Alegre. O tema do painel era ‘educação: obedecer, pensar ou criar?’, onde a secretária municipal de educação do Rio de Janeiro, Claudia Costin, e o professor do Canadá, Stephen Hicks, debateram sobre a influência dos pais no desenvolvimento das crianças e a alteração da função de repassadores de conhecimento para asseguradores da aprendizagem pelos professores.
O painel aconteceu na tarde de ontem, terça-feira (17). A secretaria Claudia focou sua palestra nas conquistas brasileiras mais recentes no campo da educação, na tentativa de desmistificar o pensamento popular de que o ensino prestado no passado era melhor do que é oferecido hoje em dia. Claudia destacou ainda que no passado, apenas 40% das crianças estavam na escola, enquanto que atualmente, o índice é próximo de 97%.
De acordo com a secretária, um outro critério que tem contribuído para a decadência do sistema de ensino público é a valorização das mulheres dentro do mercado de trabalho, de forma que professoras tenham migrado para as empresas. Ela ainda completou que mesmo considerando as comunidades mais carentes do estado, grande parte das crianças tem acesso a internet.
Pontos de vista
Depois da fala da secretária, o professor de filosofia Stephen Hicks, que destacou a importância das escolas, disse que não tem mais como as instituições de ensino continuarem sendo as únicas responsáveis pela educação e estímulo dos estudantes, considerando necessidade dos países pela formação de profissionais para o futuro.
O professor, canadense naturalizado americano, lembrou do sistema educacional nos Estados Unidos, onde a prática esportiva é super valorizada pelos americanos, indicando como um exemplo de uma iniciativa de orientar as crianças sobre os conceitos de falhas, trabalho duro e competição.
Seu ponto de vista é que o ambiente dentro das escolas precisa estimular o aprendizado livre, no mesmo modelo que é usado com as crianças nos primeiros anos de vida.