A liberação de crédito para financiamento de automóveis cresceu 7,9% em 2011 atingindo R$ 200,6 bilhões. Em função das regras restritivas impostas pelo governo federal (aumento da taxa de juros e redução na quantidade de parcelas) no final do ano passado, o setor já esperava um aumento nessa média, diferente do crescimento registrado em 2010, que chegou a quase 20%.
Segundo Décio Carbonari de Almeida, presidente da Anef, não se pode reclamar destes resultados, embora eles não sejam tão significativos. Entre 2005 a 2010, os créditos liberados para comprar de veículos no país chegaram a ter aumentos de 25,8% ao ano. Espera-se recuperação do mercado em 2012, mas as expectativas estão entre 8% e 10%.
Inadimplência em parcelamento de veículos é recorde
Conforme dados apresentados pela Anef, com o crescimento dos financiamentos aumentou a inadimplência. Carbonari disse que a inadimplência disparou e isso foi um susto, pois foi muito superior à crise. Em 2009, quando se vivia os reflexos da crise de 2008, o atraso das parcelas chegou a 4,4%. Em 2010, esse número caiu para 2,5% e, no ano passado, atingiu 5%. Os números de 2011 foram os piores desde 2004.
Segundo o presidente da Anef, isso é reflexo da inflação que atinge a renda do trabalhador, pois mesmo com a taxa de desemprego em baixa e da alta na economia, eles não estão conseguindo pagar as suas contas.
O parcelamento mais atingido pela inadimplência foi das motos, com uma taxa de 11%. Em segundo lugar estão os automóveis usados com média entre 7% e 8%. Nos veículos novos a falta de pagamento é menor, não passando de 2,5%.
Sobre os tipos preferenciais de financiamentos está o CDC (Crédito Direto ao Consumidor) para compra de veículos leves e comerciais e o Finame para a aquisição de veículos maiores, como ônibus e caminhões.