Um estudo incomum tenta responder se a rede social, com mais de 800 milhões de membros, altera o cérebro dos usuários. Os autores da pesquisa revelaram que os voluntários colocados em um escânder tridimensional apresentaram estruturas maiores e mais densas em três áreas do cérebro quando vinculados a uma grande lista de amigos no Facebook.
A diferença ocorre em comparação com pessoas que possuíam pequena lista de amigos. As áreas analisada são relacionadas com a capacidade de socialização. O cientista Ryota Kanai explica: “O sulco temporal superior e o giro temporal médio estão associados à percepção social, do olhar das outras pessoas ou de pistas sociais advindas de expressões faciais”.
Tudo começou com a polêmica criada pela neurocientista Susan Greenfield, da Universidade de Oxford. Ela questionou o impacto das redes digitais nos jovens. “A mente do século XXI seria quase infantilizada, caracterizada por curtos instantes de atenção, sensacionalismo, incapacidade de enfatizar e um senso de identidade instável”, afirmou a pesquisadora.
O estudo contou com 125 estudantes, 46 homens com idade média entre 23 anos. O estudo e seu resultado será divulgado na edição de quarta-feira (19) no periódico Proceedings of the Royal Society B, da Academia de Ciências britânica.