Um mês após a bilionária aquisição do WhatsApp, que custou U$19 bilhões aos cofres do Facebook, a empresa de Mark Zuckerberg fechou outra compra de grande vulto. Embora não se aproxime do valor pago ao WhatsApp, a Oculus vai embolsar U$2 bilhões. A empresa é responsável pela fabricação de um óculos de realidade virtual.
Pensando no futuro
A Oculus tem chamado atenção desde o ano retrasado, quando foi fundada. Graças à sua tecnologia, a empresa conseguiu um aporte financeiro de U$75 milhões por parte de investidores. De acordo com Mark Zuckerberg, em comunicado sobre a compra da Oculus, as plataformas móveis são o padrão de hoje, mas o Facebook já está de olho nas plataformas de amanhã.
Curiosamente, após a bilionária compra do WhatsApp, Mark Zuckerberg havia declarado que o Facebook “daria um tempo” em relação a novas aquisições.
Produtos
Curiosamente, apesar de seu alto valor de mercado, a Oculus nunca comercializou seus produtos em lojas. Entretanto, a empresa já vendeu cerca de 75 mil dispositivos para desenvolvedores de jogos. A Oculus foi criada em 2012, pelo jovem Palmer Luckey (que, na época, tinha apenas 19 anos). Seu principal produto é o Oculus Rift, um dispositivo de realidade virtual que possui tecnologia própria, desenvolvida pela empresa.
Segundo Zuckerberg, esta tecnologia permitirá um avanço considerável na criação e desenvolvimento de plataformas sociais. Empolgado com sua nova aquisição, Zuckerberg declarou que o Oculus Rift poderá alterar profundamente a menria como trabalhamos, jogamos e até como nos comunicamos cotidianamente.
Realidade virtual
Atualmente, o Oculus Rift é um produto exclusivo para a utilização em jogos. Contudo, o Facebook tem planos mais ambiciosos para o dispositivo. O objetivo da empresa é que, no futuro, estes aparelhos também possam ser utilizados em áreas como educação, comunicações, entretenimento geral e mídia.
O Oculus Rift foi o primeiro dispositivo de realidade virtual de nosso século a se tornar popular. Curiosamente, a compra da Oculus foi anunciada apenas cinco dias após a Sony revelar ao mundo o Morpheus, seu próprio óculos de realidade virtual.
Ambições
Em seu comunicado sobre a compra da Oculus, Zuckerberg afirmou que alguns dos objetivos pensados para o dispositivo podem, no momento, parecer absurdos. Contudo, ele ressalta que, há não muito tempo, a própria internet era vista como algo possível apenas em filmes de ficção científica.
Dentre as utilidades pensadas para o Oculus Rift estaria a possibilidade de se conversar com pessoas distantes milhares de quilômetros. Contudo, ao invés das chamadas de vídeo atuais, seria possível criar um ambiente complexo de realidade virtual para interação. A última versão do Oculus Rift foi apresentada em San Francisco, na semana passada. Em menos de três dias, a empresa já havia recebido mais de 12 mil pedidos pelo produto.
Ainda nesta semana, Zuckerberg investiu U$40 milhões na Vicarious, empresa de inteligência artificial que pretende criar uma reprodução do neocórtex humano, região do cérebro responsável por enxergar, realizar cálculos, compreender idiomas e controlar o corpo. Há uma grande possibilidade de que este investimento tenha relação direta com o Oculus Rift.