As barreiras que foram impostas nas importações que chegavam na Argentina tiveram reflexo nas exportações realizadas no Brasil. No total, houve uma queda de 16% somente nestes primeiros seis meses do ano. Essa informação foi divulgada ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Enquanto em 2011 os primeiros seus meses somaram US$ 10,43 bilhões em exportações para a Argentina, este ano, também no primeiro semestre, houve uma queda de US$ 1,6 bilhão em relação ao valor observado no ano anterior.
Teixeira culpa crise internacional pela diminuição das exportações para a Argentina
Ao ser questionado sobre os problemas enfrentados pelo Brasil com as barreiras argentinas, Alessandro Teixeira, secretário-executivo do ministério, disse que esse resultado se deve também a crise internacional e não somente uma variável específica. Segundo ele, o conflito entre os dois países se agravou com a crise internacional. No entanto o governo espera uma retomada das exportações no segundo semestre sem problemas com a crise e nem com as medidas adotadas pelo país vizinho. Para diminuir os problemas, Teixeira disse que o diálogo entre os dois países melhorou e as negociações têm sido positivas. Com o tempo, segundo ele, a relação foi ficando mais estreita e as barreiras foram tratadas de maneira mais fácil. Teixeira disse que o Brasil tem facilidade na comunicação e negociação e que aliado a isso estão os objetivos quanto à defesa dos interesses internos. No entanto, ele falou que é preciso ter a sensibilidade de entender o processo econômico, pois caos isso não ocorra fica difícil manter relações estáveis nas economias.
Brasil reduz exportações para outras regiões
Além da diminuição das exportações para a Argentina, houve também diminuição de 38% nas exportações para a Europa Oriental e de 7% para a União Européia. Em contrapartida, aumentaram as exportações em US$ 5,27 bilhões para a África e em US$ 1,11 bilhão para a China.