O Ministério da Saúde anunciou nesta sexta-feira (23) que irá limitar a quantidade de exames que fazem a análise da carga viral aplicado em pacientes com Aids devido à falta do reagente. Os reagentes são feitos de compostos químicos que checa a quantidade do vírus HIV presente no sangue do paciente.
O exame é essencial para que seja feito o acompanhado da eficácia do tratamento. O contigenciamento dos exames deve ser global, porém, será dada prioridade às gestantes e também crianças de até quatro anos de idade que estão infectadas com o vírus. Os dois grupos são considerados os mais críticos já que a quantidade do vírus no organismo interfere no parto e também no tratamento precoce das crianças.
Nos demais pacientes, a amostras colhidas serão congeladas até que os estoques do reagente seja normalizado. Em nota, o Ministério da Saúde informou que a normalização não deve acontecer antes de dois meses.
Atualmente, 80 laboratórios realizam os exames de carga viral do HIV em todo o Brasil. A falta dos reagentes é resultado da interrupção por pare do Ministério da Saúde em uma licitação em andamento para a compra do material, sob a alegação da necessidade de comprar os materiais viabilizem exames mais precisos e rápidos. O processo está em contestação em judicial e o governo deve fazer a compra de emergência. A medida dispensa licitações para que as instituições não fiquem totalmente sem estoque do reagente.