Estudo realizado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta que o Ceará é o estado que mais aprovou candidatos no exame da Ordem entre a segunda e a décima edição, com índice de 54,9%. O segundo estado é o Rio Grande do Sul, com 51,2% de aprovações, e na sequencia vem Minas Gerais, com 50,6%. Os estados que menos aprovam são Amapá, com apenas 33,3%, Amazonas com 34,8%, e Rondônia, que aprovou 36,7% dos candidatos.
O estudo também aponta o desempenho dos candidatos por fase. Na primeira, as disciplinas com melhor rendimento pelos bacharéis foi estatuto OAB/código de ética, código do consumidor e filosofia do direito. Os piores rendimentos foram em direito empresarial, direito penal e direito processual do trabalho. Já na segunda fase, as disciplinas de direito civil, direito constitucional e direito empresarial registraram melhores notas. Direito tributário foi a disciplina com menor aproveitamento.
Passar pelo exame da OAB é obrigatório para o exercício da advocacia no Brasil. Desde meados de 2010, o teste foi unificado e é aplicado três vezes por ano, sendo aplicado pela FGV. O exame não é classificatório, portanto não há um número fixo de aprovados, e não há limite de tentativas para conquistar a aprovação. A inscrição custa R$ 200.
Índice de aprovação na primeira tentativa é de apenas 18,5%
Nos exames realizados entre 2010 e 2012, apenas 18,5% dos candidatos conseguiram passar pelas duas fases de avaliação na primeira vez em que fizeram os testes. Neste período, o exame teve mais de 890 mil inscrições, e apenas 66.923 aprovados de primeira. Há casos em que o candidato participou até sete vezes da avaliação para conseguir a aprovação.
Além disso, mais de 210 mil bacharéis que realizaram a inscrição pelo menos uma vez reprovaram em todas as tentativas realizadas. O número representa quase 59% dos inscritos no período. Entre os que se inscreveram em todas as edições realizadas entre 2010 e 2012, quase 5.500 candidatos não conseguiram aprovação nenhuma vez.