Pelo terceiro mês seguido os EUA registram aumento na criação de novos postos de trabalho. Essa mudança positiva no setor industrial do país mostra que a economia está se recuperando depois da crise. Acredita-se que com esse bom desempenho não será necessária a atuação do Banco Central Americano. Somente em fevereiro, as empresas contrataram cerca de 227 mil pessoas, segundo o Departamento do Trabalho em balanço divulgado ontem (9). Com o aumento de postos de trabalho, a taxa de trabalhadores desempregados caiu e apresentou o melhor número dos últimos três meses, chegando a 8,3%.
Desde o início do ano passado que o país não via tantos postos de trabalho. Fevereiro marcou mais de 200 mil vagas e isso não acontecia desde 2010. Esse resultado é positivo para a economia norte-americana, mas também contribui com a reeleição Barack Obama. Nos meses de dezembro e janeiro foram criadas 61 mil vagas a mais do que o número registrado nos meses anteriores e a taxa de desemprego também apresentou um percentual mais baixo que no ano anterior.
Mesmo com melhora no setor econômico, há 23,5 milhões de desempregados
Mesmo com o fortalecimento do setor econômico e a diminuição das taxas de desemprego, o crescimento ainda é bastante lento, dificultando a absorção dos mais de 23 milhões de cidadãos sem trabalho. Ben Bernanke, o chairman do Fed, disse na última semana que o cenário americano está longe do normal, mesmo com as melhoras promovidas pelo governo e pelo Banco Central Americano. Bernanke destacou a importância de melhorar o setor de bens e serviços, onde há muitos postos de trabalho. No entanto, segundo autoridades americanas, o país não deve ter um alto crescimento em 2012. Espera-se, no máximo, 2,7% de aumento.
Com o bom desempenho do país na criação de postos de trabalho, o novo relatório divulgado ontem passou a fazer parte da lista de documentos que contribuem para mostrar que os EUA estão saindo com força da crise econômica mundial. Esses números indicam que é possível melhorar a situação interna mesmo que o cenário internacional ainda esteja improvável com a desaceleração da China e a possibilidade de recessão da zona do euro.