Em função do tumulto que ainda aparece no cenário externo, principalmente pelos problemas políticos da Grécia, a moeda americana se valorizou mais uma vez frente ao real e ficou acima de R$ 2 ontem, depois de quase três anos. No entanto isso deve ser passageiro, segundo analistas, pois isso só deve se intensificar com a piora no mercado internacional. Ontem a moeda teve alta de 0,58% e fechou o dia a R$ 2,0015 para venda. Essa é a maior cotação desde julho de 2009, quando o dólar ficou entre R$ 1,9820 e R$ 2,0050.
Moeda segue os acontecimentos europeus, principalmente da Grécia
Conforme explicou o economista-chefe da BCG Liquidez, Alfredo Barbutti, a moeda brasileira tem se comportado bem frente aos acontecimentos do exterior. O mercado está percebendo que a Grécia poderá sair da Zona do Euro. A moeda americana já tinha alcançado R$ 2 durante a sessão, mas como era apenas uma especulação, sempre ficava fechada abaixo desse patamar. Ontem foi a primeira vez que ela fechou a sessão cotada acima de R$ 2. Somente na segunda-feira o dólar subiu 1,73%, alcançando R$ 1,9899.
Lagarde diz que Grécia pode deixar a Zona do Euro
Ontem a Grécia informou que realizará eleições no país, já que as tentativas de acordo feitas pelos líderes políticos para uma coalização fracassaram e não tiveram resultado positivo. O calendário eleitoral ainda não foi divulgado, no entanto, segundo as regras eleitorais elas devem ocorrer em meados de junho. Depois disso, Christine Lagarde, diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), disse que é preciso estar preparado para a possível saída da Grécia da Zona do Euro. Ela disse que os presidentes de outros países pretendem trabalhar juntos para que isso não ocorra.