Depois da seqüência de três quedas, nesta quarta-feira (29) o dólar subiu mais de 1% em relação ao real e foi cotado a R$1,72 para venda. Essa valorização é resultado de uma firme atuação do Banco Central no mercado de câmbio. Além disso, também se deve a piora nos mercados internacionais. A moeda norte-americana terminou o dia com 1,25% de alta, sendo a maior depois do dia 12 de dezembro, quando a valorização foi de 2,14%.
Os resultados desta quarta-feira fizeram com que o dólar reduzisse a queda acumulada no mês de fevereiro. Mas mesmo com essa redução, a desvalorização mensal da moeda frente ao real foi de 1,55%. Os dados dos dois primeiros meses indicam uma queda de 7,95% no ano.
Valorização ocorre depois de atuação do BC
Nas primeiras horas do dia, o dólar chegou a cair a R$ 1,6880. Esse resultado levou o BC a fazer a primeira intervenção. No leilão de swap cambial reverso o BC conseguiu vender 76% de 40 mil contratos. No início da tarde foi feito mais um leilão e o BC comprou a moeda à vista usando a taxa de corte no valor de R$ 1,7029.
O BC já havia feito duas intervenções diárias na última semana, mas ontem elas ocorreram mais cedo que nos outros dias e antes do fechamento da Ptax de fevereiro. Essa taxa, que mostra uma referência para a liquidação de contratos futuros, terminou o mês em R$ 1,70, com alta de 0,40%.
Ontem foi o sexto dia seguido que a entidade monetária atuou no mercado cambial para conter a desvalorização da moeda americana. Neste período o dólar subiu 0,35%, o que é resultado, principalmente, dessa atuação. Segundo o estrategista-chefe do banco WestLB do Brasil, Luciano Rostagno, o Banco Central tem mostrado que vai tentar defender o patamar de R$ 1,70 e deve continuar agindo até que isso esteja seguro.