Depois de algumas sessões em baixa, o dólar voltou a subir terça-feira e ontem fechou com alta de 1,46%, valendo R$ 2,01. Esse aumento é resultado da volta das preocupações com a Grécia e bancos espanhóis. Com o aumento de ontem o dólar rompeu a barreira de R$ 2. Ele estava abaixo desde a sexta-feira, dia 25. Em função da crise internacional, o dia foi marcado pela aversão ao risco nas praças financeiras. O principal problema do dia foi a instabilidade da recuperação dos bancos espanhóis e da zona do euro que ainda passa por dificuldades. A Grécia também está instável em função das eleições. Há a expectativa de que o país possa deixar a zona do euro e tudo depende das eleições, ou seja, do novo presidente. Somente esta semana a acumulação da moeda americana frente o real já é de 1,05%. No mês a valorização fica em 5,69% e no ano já alcança 7,87%. O aumento do valor da moeda ante o real também ocorreu porque o Banco Central não atuou pelo terceiro dia seguido, diferente do que vinha fazendo na última semana por meio de leilões de swap cambial tradicional.
Saída de dólar do país supera a entrada em maio
Neste mês de abril, a saída da moeda americana do Brasil está superando a entrada de recursos no valor excedente de US$ 2,76 bilhões. Esses dados contabilizam as entradas e saídas até o dia 25 de maio. As informações são do Banco Central. Casos esses dados se confirmem até hoje, contabilizamos a primeira retirada líquida de recursos da economia brasileira neste ano. A última vez que isso ocorreu foi em dezembro do ano passado quando saíram US$ 1,94 bilhões. Essa saída de recursos, segundo analistas, é também um dos motivos que favorece a valorização do dólar. Isso ocorre porque com menos moeda no mercado, seu preço tende a ficar mais elevado.