J.B. Oliveira, mais conhecido como Boninho, é o diretor executivo de variedades na Rede Globo. Nesta semana, ele declarou que o principal critério para a escolha dos confinados para a edição 2015 do Big Brother Brasil era escolher os candidatos mais loucos. Ele chegou a declarar que a produção escolheu aqueles que tinham mais potencial para arrumar confusão no confinamento. A declaração dele foi dada em um evento sobre adaptação de formatos na Rede Globo.
Ele foi questionado a respeito de qual seria a representação da classe média no Big Brother Brasil e qual seria a influencia do programa nas novelas. O big boss do reality afirmou que os participantes que hoje estão no jogo não representam nenhuma classe, mas que a grande maioria é de média para baixa. Boninho ainda defendeu que com o surgimento do reality, os diretores das novelas começaram a ter mais dificuldade para representar cenas do dia a dia, porque o público começou a ter uma nova referência de representação da realidade.
No encontro, também foi falado sobre a narrativa do programa, sempre editada como se tudo lá dentro não passasse de uma novela. O diretor do The Voice Brasil também participou da conversa e afirmou que os realitys shows são como uma novela no reverso, porque primeiro acontecem as coisas reais, para depois a narrativa ser construída e editada de uma forma agradável de se ver, como se uma história estivesse sendo contada. O apresentador do reality, Pedro Bial, informou que o programa é mais visto por jovens dentro da emissora.
Ele lembrou que enquanto sua geração, que nasceu nos anos 60 e 70, queria fugir do sistema, a geração atual quer entrar no sistema, por isso queriam tanto participar do BBB. Para ele, o Big Brother Brasil é a adaptação do formato original que tem mais humor em todo o mundo. Nas edições espanholas e inglesas, existe um controle e isolamento maior, enquanto que a edição no Brasil busca criar essa narrativa mais agradável ao público, além de contar com muitos personagens caricatos que dão bons momentos de descontração no confinamento.