De acordo com dados recentes, o desemprego na Zona do Euro alcançou 11% em abril. Esse é um número histórico, pois desde a criação da União Monetária esse número nunca havia sido atingido. Além disso, especialistas acreditam que esse número continuará aumentando influenciado, principalmente, pela situação da Espanha. Neste país o índice de desemprego é duas vezes maior que a média apontada como número histórico, pois no país o número já alcança 24,5% da população economicamente ativa. A pesquisa foi feita pelo escritório de estatísticas Eurostat que argumenta que esse número foi alcançado em abril pela região.
Eurozona tem 17,4 milhões de desempregados, segundo pesquisa
A Zona do Euro foi criada em 1999 e desde esse ano o desemprego nunca havia chegado a esses níveis. E por 12 meses seguidos esse número ficou acima de 10% na região. Segundo a porta-voz da Comissão Europeia, Pia Ahrenkilde, esses números são levados a sério pela região já que eles demonstram a necessidade de resolver a situação. Para a porta-voz é inaceitável essa situação econômica que os países estão passando. Dos dados de abril mostram que 17,40 milhões de pessoas estavam sem emprego no mês de abril na região, o que equivale a 110 mil a mais do que no mês de março deste ano. Conforme explicou Howard Archer, da IHS Global Insight, no segundo semestre pode haver uma contração do PIB e esse desemprego deverá continuar aumentando até chegar a 11,5% no final do ano.
Países têm índices de desemprego acima de 20%
Dos 17 países da Zona do Euro, quem lidera o ranking é a Espanha, com 24,3% de desempregados. Em segundo lugar está a Grécia, com 21,7%. Já na outra ponta, com o menor número de pessoas sem trabalho está a Áustria (3,9%), a Holanda e Luxemburgo (os dois estão com apenas 5,2%) e a Alemanha (5,4%). Estes países possuem os menores índices de desemprego da região. Portugal (15,5%) e Itália (10,2%) enfrenta situação crítica, segundo o relatório estatístico.