Foi-se o tempo em que jogadores e mais jogadores pediam para ficar de fora dela, como Kaká e Ronaldinho Gaúcho na edição de 2007, disputada na Venezuela. O tempo em que treinadores convocavam ‘times B’, como definiu o próprio Carlos Alberto Parreira sobre a equipe campeã em 2004, no Peru. Tempos de retiro para os mais cansados após a longa temporada europeia, como poderiam ser os casos de Daniel Alves e Messi, que, com o multicampeão Barcelona, jogaram mais partidas do que a maioria dos colegas de profissão do velho continente.
A Copa América já viveu anos jogada para escanteio, como há uma década atrás, quando a Argentina optou em não disputar a edição na Colômbia, por questões de segurança. Tudo isso ficou para trás e, em 2011, a competição mais antiga de seleções volta ao centro das atenções nas Américas e no mundo.
Quando a Argentina subir ao gramado do estádio Ciudad de La Plata, na Grande Buenos Aires, na noite de hoje para enfrentar a Bolívia pelo grupo A, a 43ª Copa América terá início. Uma competição recheada com atrativos de sobra.
Para começar, a anfitriã contará com o melhor jogador do mundo, Lionel Messi, precisando provar sua destreza e genialidade também à frente do time nacional. Ao lado dele, Di Maria (que fez uma excelente temporada de debute no Real Madrid), Carlitos Tevez (astro do renovado e forte Manchester City), Diego Milito (herói da Liga dos Campeões de 2010 com a Internazionale), entre outros nomes sedentos por quebrar o tabu de 18 anos sem títulos dos hermanos.
No grupo B, o Brasil irá passar por seu primeiro grande teste. E, para isso, Mano não economizou estrelas para tentar formar um novo dream team nacional. Desta vez, o quarteto de peso é Alexandre Pato (atacante do campeão italiano Milan), Paulo Henrique Ganso (camisa 10 do Santos e da Seleção Brasileira), Robinho (com novo fôlego após a grande temporada na Itália) e o melhor atleta do país e da Libertadores, a sensação Neymar – sonho de dez entre dez clubes europeus.
Já o Uruguai de Oscar Tabárez chega credenciado como o sulamericano mais bem colocado na última Copa do Mundo (4º colocado) e com o melhor jogador da África do Sul em 2010: o craque Diego Forlán. O torneio ainda contará com o Paraguai tentando retomar o posto de terceira força do continente, um Chile com necessidade de renovação após a saída de Marcelo Bielsa e o jovem time da Colômbia.