Em função do contexto interno e externo, as taxas dos contratos de juros futuros terminaram a sexta-feira (13) em queda. Um dos motivos principais é a proximidade da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária). Essa reunião deve decidir por um novo valor da taxa Selic, sendo que o mercado estima que haverá uma nova queda depois da reunião do dia 18, na próxima quarta-feira. Além disso, o Governo Federal aumentou a meta do superávit primário para R$ 155,9 bilhões para 2013, sendo que esse número ficou acima daquele proposto como objetivo para 2012 que era de R$ 139,8. Conforme a LDO (Lei das Diretrizes Orçamentárias) divulgada ontem, o valor equivale a 3,1% do PIB (Produto Interno Bruto) esperado para 2012.
De acordo com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, o governo deverá se esforçar ao máximo para cumprir a meta do superávit primário. Mesmo que os Estados e municípios não tenham fôlego para alcançar o valor que foi estipulado de R$ 47,8 bilhões, o governo federal deverá cobrir a diferença. A meta para o Governo Federal, Banco Central e INSS é de alcançar os R$ 108,1 bilhões para o próximo ano.
Queda do PIB Chinês e das vendas no varejo brasileiro influencia juros futuros
Outro fator que pode ter influenciado a queda dos juros futuros foi a divulgação da Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo os resultados da pesquisa, as vendas no varejo caíram 1,1% em fevereiro ante janeiro desde ano. Além disso, outro fator decisivo foi a repercussão da divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) da China. A economia cresceu abaixo do esperado para o primeiro trimestre. A alta foi de 8,1%, sendo que a expectativa estava na casa dos 8,3%.