Informações da Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgadas ontem (24) mostram que o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) avançou 2,9% em fevereiro, comparando-se a janeiro. O ICC passou de 116,0 para 119,4 pontos. Com esse resultado positivo, o índice voltou a se aproximar de dezembro, quando havia apresentado119,6 pontos.
De acordo com a coordenadora da pesquisa, Viviane Seda Bittencourt, há uma série de variáveis econômicas que contribuem para deixar o consumidor mais otimista. Atualmente percebe-se que a inflação está baixando, que o mercado de trabalho está empregando mais e que os juros estão caindo. No entanto, Bittencourt ressaltou que esse índice de confiança ainda não se transformou em alto nível de compras, pois o consumidor ainda está agindo com cautela.
Os dados da FGV mostram que as avaliações são positivas tanto para o momento quanto para o futuro. O Índice da Situação Atual (ISA) aumentou 2,3% se comprado a janeiro, passando de 137,4 para 140,5 pontos. Também melhorou o Índice de Expectativas, que teve avanço de 3,2%, passando de 104,9 para 108,3 pontos.
O indicador que mais cresceu foi aquele que mede a expectativa em relação à situação econômica nos seis meses seguintes. Foram 6,8% de aumento, alcançando 115,1 pontos.
O consumidor que mais está confiante é o de alta renda (acima de 9600 reais mensais) e é responsável por melhorar o índice. Sua confiança cresceu 4,5%. Além disso, os moradores de São Paulo são os mais otimistas. Segundo Bittencourt, São Paulo é a primeira capital a ser atingida pelos estímulos econômicos.
O único indicador, que faz parte do índice, que ainda está abaixo da média e demonstra que o consumidor está cauteloso é o da compra de bens duráveis. Ele cresceu apenas 2,2% em fevereiro, depois de uma queda de 11,5% no último mês.