A educação dos espartanos, conhecida como agogê, era um sistema rigoroso e disciplinado que preparava os jovens para se tornarem guerreiros e cidadãos leais à cidade-estado de Esparta. Desde o nascimento, os espartanos eram submetidos a uma série de testes e treinamentos que visavam fortalecer o corpo e o espírito, garantindo que somente os mais aptos sobrevivessem e prosperassem.
Como era a educação dos espartanos? A educação espartana começava aos sete anos de idade, quando os meninos eram retirados de suas famílias e colocados sob a supervisão do estado. Eles viviam em grupos chamados “agelai” e passavam por um treinamento físico intenso, que incluía corridas, lutas, e exercícios de resistência. Além disso, eram ensinados a suportar a dor e a fome, desenvolvendo assim a resistência necessária para a vida militar.
Aspectos da educação espartana
Os espartanos também recebiam uma educação moral e cívica. Eles eram ensinados a valorizar a lealdade à cidade-estado acima de tudo, e a seguir um código de conduta que enfatizava a coragem, a disciplina e a obediência. A leitura e a escrita eram consideradas secundárias, e a ênfase maior era colocada no treinamento militar e na preparação para a guerra.
Outro aspecto importante da educação espartana era a “kripteia”, uma espécie de rito de passagem para os jovens espartanos. Durante a kripteia, os jovens eram enviados para o campo, onde tinham que sobreviver sozinhos e, em alguns casos, caçar e matar hilotas, os servos da sociedade espartana. Este rito tinha como objetivo testar a astúcia e a capacidade de sobrevivência dos jovens.
As meninas espartanas, embora não participassem do agogê, também recebiam uma educação física rigorosa. Elas eram treinadas em esportes e exercícios para garantir que fossem saudáveis e fortes, capazes de dar à luz filhos vigorosos que perpetuariam a força militar de Esparta. As mulheres espartanas gozavam de mais liberdade e direitos em comparação com outras cidades-estado gregas, e eram respeitadas por sua contribuição à sociedade.
A educação espartana era, portanto, um sistema abrangente que moldava os jovens para se tornarem cidadãos dedicados e guerreiros implacáveis. A ênfase na disciplina, na resistência e na lealdade à cidade-estado criou uma sociedade onde o coletivo era sempre mais importante do que o individual. Este modelo educacional, embora extremamente rígido, foi fundamental para a manutenção da hegemonia militar de Esparta na Grécia antiga.