O número de pessoas com acesso a internet aumenta constantemente, e pessoas passam horas em frente ao computador. De acordo com uma pesquisa do Nielsen Ibope, a classe C foi a que teve mais acesso a internet. Divulgados na última quinta-feira (27), os dados comprovam que esta classe social ficou em média 40 horas em frente ao computador.
Esta é a primeira vez que as questões econômicas foram levadas em consideração em um estudo sobre o acesso a internet, e desconstrói a imagem de que os mais pobres não utilizam a rede mundial de computadores. A divisão entre as classes econômicas segue o padrão da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa. Lembrando que a questão monetária não é levada em consideração na definição das classes sociais, mas o grau de instrução e os bens que cada família possui (automóveis, televisores, computadores, geladeira, máquina de lavar, etc).
O estudo não levou em consideração o acesso à internet por smartphones e tablets, e segundo o consultor da Nielsen Ibope, José Calazans, a diferença entre as classes sociais após a inclusão destes dispositivos, provavelmente alterariam o quadro, uma vez que o acesso a internet em dispositivos móveis tem sido cada vez mais frequente. Porém, Calazans afirma que está é uma possibilidade, e não há uma certeza de que os dispositivos móveis sejam exclusivos das classes A e B.
Segundo a pesquisa, a classe C2 (As classes são subdividas em 1 e 2) acessou a internet em casa por 40 horas e 53 minutos, tendo acessado em média 957 páginas/pessoa. No entanto, o número sobe para 53 horas e 53 minutos quando o tempo de acesso em casa é somado com o que foi utilizado no trabalho. Enquanto as páginas, o acesso às páginas da internet saltou para 1.311 páginas/pessoa.
A classe D utiliza um pouco menos que a C2, mas mesmo assim os dados são superiores às classes A e B, tendo uma média de 36 horas e 26 minutos por pessoa.