terça-feira, novembro 26, 2024
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Caso não seja reeleito, Sarkozy afirma que deixará a política francesa

O atual presidente da França, Nicolas Sarkozy, declarou ontem, quinta-feira (8), que irá brigar com todas as forças para conseguir a reeleição este, mas ainda revelou que caso seja derrotado no pleito que acontece de abril a maio, irá abandonar a política.

Faltam seis semanas para realização do primeiro turno e as pesquisa indicam que Sarkozy segue atrás do candidato socialista François Hollande. O conservador Sarkozy declarou que a falta de experiência do rival socialista nos cargos ministeriais e internacionais seria uma dificuldade em caso de crise econômica na Europa.

“Eu me preocupo quando olho o programa do candidato socialista … e me preocupo com sua escassez de experiência num período tão conturbado. Mas se o povo francês não botar fé em mim vocês realmente acham que eu continuaria na política? A resposta é não”, declarou o presidente em uma entrevista de rádio.

O resultado da última pesquisa realizada pelo instituto CSA indica que o candidato Hollande subiu de 28 para 30% nas intenções de voto, enquanto Sarkozy passou de 27 para 28% apenas. Na pesquisa que simula o segundo turno, Hollande continua a frente, vencendo por 56%, contra 44% do atual presidente.

Impacto na campanha

“Vou lutar com toda a minha força para ganhar a confiança de vocês, para protegê-los e liderá-los e construir uma França forte, mas se essa não for sua escolha, cederei, é assim que é, e terei tido uma grande vida na política”, declarou Sarkozy.

O presidente afirmou na terça-feira (6), durante um debate na televisão que durou três horas, que não está se deixando desanimar com o resultado das pesquisas, lembrando que uma de suas características é nunca desistir de um objetivo.

Entretanto, a imprensa francesa tem divulgado que a equipe de campanha de Sarkozy tem começado a duvidar do resultado positivo das tentativas do presidente de reverter a antipatia geral do povo contra sua personalidade, além da irritação nacional com os três anos de obstáculos econômicos enfrentados pelo país.

Nathalie Kosciusko-Morizet, a porta voz da campanha, foi bastante criticada, após ter sido incapaz de afirmar num programa de rádio o valor de uma passagem de metrô de Paris. Nathalie comentou durante esta semana seu sentimento de lástima pelo andamento da campanha, que segundo ela, tem enveredado por polêmicas inúteis.

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