O fim de 2013 foi empolgante para os executivos da gestora de investimentos Carlyle. Após quatro anos da compra da CVC, operado de turismo, o grupo levou a empresa à bolsa, tendo um lucro que deu inveja. Em 2010, Carlyle pagou cerca de R$ 380 milhões por um pouco mais de 63% da CVC. Os R$ 320 milhões restantes foram descontados em uma dívida antiga. Na abertura capital, segundo cálculos do setor, o faturamento da empresa foi de 3,5 vezes a mais depois eu se desfez das suas ações na companhia.
Além dos investidores da CVC, outros fundos de gestoras que investem em participações do mercado, tiveram um bom resultado no Brasil nos último anos. O nosso país teve o dobro registrado quando comparado ao mercado referência, o americano.
Uma pesquisa mostrou que os fundos que fizeram seus investimentos no mercado brasileiro entre 1990 e 2008 conseguiram obter uma taxa de retorno de 17,1% no ano, enquanto nos EUA os fundos ganharam no período apenas 8,3%. Os dados são de uma pesquisa que foi realizada entre o Insper e a gestora Spectra.
No levantamento, foram consideradas 78 gestoras em 46 fundos. O dado mostra que o que envolve a private equity é cercado em sigilo. Aqui no Brasil, as estatísticas sobre esse segmento são escassos. Ao contrário do país americano, que trabalha com o universo dos private equities a um bom tempo e já possui um grande banco de dados, com aproximadamente 700 gestoras.
De acordo com o sócio-fundador da DGF Investimentos, alguns fatores explicam o bom momento da economia no Brasil após o Plano Real. Ele afirma que ninguém iria fazer um investimento de longo prazo em um país com inflação de mais de 80% ao mês. Ele ainda acrescente que de fato o país mudou, e que até a renda da população aumentou crescendo as oportunidades que atraíram essa indústria. Porém, é comum que esses fundos encontrem retorno onde o risco é menor, como acontece nos países emergentes.