A empresa PIP, que fabrica próteses mamárias, tinha boa parte de sua produção exportada para países da América do Sul. As autoridades da França afirmaram nesta sexta-feira, 17 de dezembro, que vários especialistas do país dizem que os implantes feitos pela PIP devem ser retirados, pois várias mulheres que utilizavam a prótese estavam com suspeita de câncer.
Aproximadamente 30 mil mulheres estão com este problema em território francês. As exportações da Poly Implant Prothèse (PIP) eram de 100 mil por ano, representando 84% da produção da empresa. Entre os melhores compradores estavam os países da América do Sul, principalmente Venezuela, Argentina, Colômbia e Brasil.
Entre as mulheres que possuíam as próteses com problemas, oito foram apontadas com câncer na França. Nesta quarta-feira, a advogada Esyllt Hugues anunciou que mais de 200 mulheres encaminharam uma ação judicial após saberem que pelo menos metade delas tiveram problemas por utilizarem as próteses da PIP.
A advogada do escritório Hugh James de Cardiff afirmou que mais da metade das pacientes tiveram rompimentos dos implantes e outras mulheres estão muito preocupadas com as informações dadas pela mídia. Esyll afirma que a ação é destinada “as clínicas que implantaram as próteses”, dizendo que eram sete indicadas, mas podem chegar a 20.