A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou a terça-feira (28) com alta de mais de 1%. Esse aumento de ontem, depois de terminar a segunda-feira em queda, se deve a dois fatores principais: a melhora da situação econômica na zona do euro e os novos dados divulgados sobre a confiança do consumidor nos Estados Unidos.
O Ibovespa avançou 1,10%, fechando o dia em 65.958 pontos, sendo que o volume financeiro do pregão chegou a R$ 6,9 bilhões. Ao que tudo indica, a bolsa deve terminar o mês com alta significativa, pois deverá apresentar um acumulo de 4,58%. Desde início de Janeiro o Ibovespa já subiu 16,22%.
Em Nova York, as bolsas apresentaram ganhos menos significativos que no Brasil. O índice Dow Jones cresceu 0,18% e o S&P 500 subiu 0,34%. Mesmo com esse baixo percentual de crescimento, o Dow Jones alcançou o maior nível desde maio de 2008, antes do início da crise econômica.
Recursos estrangeiros influenciam no desempenho da Bovespa
Segundo Luiz Roberto Monteiro, que trabalha como operador na corretora Renascença DTVM, o desempenho positivo da bolsa de valores de São Paulo também está relacionada com a entrada de recursos estrangeiros no país. Monteiro explicou que embora os EUA mostraram indicadores melhores na economia, o mercado não avançou. É o contrário do que ocorreu com a Bovespa em função da entrada de capital estrangeiro. Até 24 de fevereiro, os investimentos externos possuem saldo positivo de R$ 6,5 bilhões, segundo dados da Bovespa.
No Índice, o setor que mais apresentou alta foi o bancário. O Itaú Unibanco subiu 2,72%, o Bradesco 2,16% e o Santander 2,82%. A maior alta foi nas ações da Vanguarda Agro, com 7,32%. A Gol também teve crescimento significativo de 5,78%. Dentre os piores desempenhos está a Embraer que recuou 1,18%. Essa queda é resultado do cancelamento do contrato com a Força Aérea dos EUA.