O segundo trimestre começou com expansão da economia do Brasil. Isto é o que apontou o Banco Central na sexta-feira, dia 14, quando divulgou indicador de atividade em que é verificada alta de 0,84% no mês de abril, em comparação com março. Embora o índice mostre evolução, ainda não é o suficiente para se poder afirmar que a recuperação acontece de forma consistente.
O valor correspondente a abril do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), mostrou que ocorreu desaceleração se comparado com o resultado do mês de março, quando a evolução mensal foi de 1,07%,.
A partir dos resultados obtidos, José Francisco Gonçalves, que é economista-chefe do banco Fator diz que os índices do mês de abril do IBC-Br apresenta expectativa de que o PIB neste segundo trimestre seja melhor do que foi registrado nos primeiros três meses do ano.
Em comparação com o mês de abril do ano passado, o IBC-Br – que dá sinais a respeito do Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 4,85%. No acumulado dos últimos 12 meses, o aumento chega a 1,66%.
Um dos fatores que contribuíram para o aumento do IBC-BR foi o desempenho positivo do varejo e da indústria, que recuperaram seu desempenho no mês de abril. Em abril, o setor industrial teve sua produção aumentada em 1,8% em comparação com maio, alcançado assim dois meses consecutivos de evolução. Já as vendas no setor do varejo cresceram 0,5% no mesmo período, conforme mostrou levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Octavio de Barros, que é diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, acha que o índice alcançado pelo IBC-Br mostra que a economia está em processo de aceleração neste segundo semestre. Ele diz que é esperado aumento de 0,9% no segundo trimestre, depois do aumento de 0,6% no primeiro trimestre.
Devido o desempenho abaixo do esperado na indústria e no consumo dos brasileiros, economistas apontam que, embora o governo adote medidas de estímulo à economia, o PIB não chegará aos 3% neste ano, devendo ficar, entre os mais otimistas, em 2,5%.