Uma pesquisa realizada pelo Ibope, a pedido da Confederação Nacional da Indústria (CNI), aponta que o volume de ingresso no mercado de trabalho por pessoas que passaram por cursos técnicos profissionalizantes é superior a 70% logo no primeiro ano após a conclusão.
Foram entrevistadas 2.002 pessoas a partir de 16 anos em 143 cidades. Os resultados da pesquisa vão auxiliar na distribuição de vagas nestes cursos pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).
A pesquisa aponta que 90% dos entrevistados acreditam que a participação em um curso técnico de nível médio aumenta as chances de ingresso no mercado de trabalho, e 82% afirmam que as pessoas que optam pela realização desse aprimoramento têm melhores salários. Mais da metade dos entrevistados afirmaram que optaram pela educação profissional pela facilidade em conseguir um emprego, e 47% das pessoas buscarão a qualificação em um ramo específico.
O sistema S, formado por Senai, Senac, Senar e Sebrae, é o principal ofertante de cursos profissionalizantes de nível técnico. Segundo o estudo, 43% que passam pela educação técnica profissionalizante realizam a formação em uma dessas instituições. A rede privada tem 37% dos alunos, e a rede pública de ensino, 20%.
Todavia, os números não significam que a busca por estes cursos seja grande. A pesquisa aponta que apenas um quarto dos brasileiros já buscou ou frequenta algum curso profissionalizante. As razões para a baixa procura são a falta de tempo ou de recursos (40% e 26% das justificativas, respectivamente), além da falta de interesse, que é a explicação de 22% dos entrevistados.
Menos da metade dos jovens brasileiros estão nas salas de aula
Outro dado marcante apontado pela pesquisa do Ibope é que apenas 44% dos brasileiros entre 16 e 24 anos estão nas salas de aula. A maioria dos que estudam está no ensino superior (18%), seguido de 15% no ensino médio, e 5% no ensino fundamental.
Na educação profissionalizante estão apenas 3% dos jovens, volume igual ao dos que fazem o ensino ódio vinculado ao técnico, na rede pública de educação. Este dado é alarmante, uma vez que nas 34 nações mais desenvolvidas do mundo, a média dos jovens que frequentam a educação profissional é de 35%. O número é da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).