Com o pedido da Promotoria de Manhattan para a retirada das acusações contra Dominique Strauss-Kahn aceito, o futuro do processo civil ainda aberto contra o ex-diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) começa a ser questionado. A decisão do juiz norte-americano que aceitou a retirada das acusações garantiu a Strauss-Kahn a liberdade de poder voltar ao seu país, a França. Agora, seu advogado, Benjamin Brafman, defende que o processo civil terminará como fracassado.
Em entrevista concedida ao jornal ‘Le Parisien’, Brafman declarou que “se a palavra dessa mulher (Nafissatou Diallo) não foi considerada crível uma vez, não o será uma segunda. E os franceses devem ter uma coisa clara: Strauss-Kahn não tem nenhuma intenção, e jamais teve, de dar-lhe dinheiro. Ela não sofreu nenhum tipo de dano. Sempre soube que ganharíamos, pois Strauss-Kahn é inocente. Mas achava que seria necessário convencer um júri.”
Ao mesmo tempo, os advogados que representam Diallo, camamareira do hotel onde foi supostamente estuprada por Strauss-Kahn, garantiram que vão continuar “lutando” pela continuidade do processo nos tribunais civis. No dia 8 de julho foi apresentada uma denúncia para que fosse comprovado o estupro contra Diallo. Em contrapartida, o advogado de Strauss-Kahn garante que não foi a vitória de um homem rico contra uma mulher pobre, mas sim a predominância da verdade.
Um dos principais motivos para que o juiz acatesse o pedido da Promotoria, que também foi conduzida a interpretar os fatos sob outra perspectiva, é o fato de Diallo não ter sustentado seus depoimentos ao cair em controvérsias.